Raio X do Joelho demonstrando luxação no joelho esquerdo.
Paciente do sexo feminino sofreu queda da mesma altura que causou trauma no joelho e consequentemente a luxação.
Historicamente, é descrita como lesão rara e incomum totalizando 0,2% das lesões ortopédicas e 0,5% das luxações. Entretanto, a incidência tem aumentado nos últimos anos por causa dos traumas de alta energia e da melhora no atendimento do paciente politraumatizado. Essa incidência pode ser ainda maior pelas reduções espontâneas que dificilmente são registradas.
Pelas estatísticas da literatura, as luxações são mais comuns nos pacientes jovens e masculinos. Estão relacionadas aos acidentes automobilísticos em até metade dos casos, seguido pelo trauma esportivo e pelo trauma de baixa energia.
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Além da instabilidade articular causada pela lesão ligamentar, a associação com lesão arterial e nervosa é outro fator que pode agregar mais gravidade à luxação do joelho. A lesão do nervo fibular comum acarreta a perda da função da musculatura dos compartimentos anterior e lateral da perna, como também as alterações sensitivas dos dermátomos correspondentes. A lesão da artéria poplítea necessita de um atendimento precoce, sob risco da isquemia do membro inferior e possibilidade de amputação.
As classificações mais usadas são a de Kennedy e a de Schenck. A primeira descreve a posição anatômica que o segmento distal tem em relação ao proximal. A segunda baseia-se no envolvimento das estruturas ligamentares lesadas na luxação.
O tratamento dessas lesões ainda é controverso e há vários protocolos descritos. Porém, o tratamento cirúrgico seguido da reabilitação fisioterápica tem demonstrado melhores resultados quando comparado ao tratamento conservador.
A rigidez articular secundária à artrofibrose e a falha na reconstrução ligamentar são as complicações precoces mais comuns. A longo prazo, mais de 50% dos pacientes desenvolverão osteoartrose pós-traumática.
Isso implica grandes limitações a um paciente que na maioria das vezes é jovem, ativo socioeconomicamente e que no seu tratamento e na sua reabilitação necessitará de um grande investimento da saúde pública e/ou suplementar.
Fonte:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162013000200145&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
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