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3 de julho de 2019

FATORES DE QUALIDADE DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

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O que é densidade radiográfica, contraste, detalhe e distorção

Fatores de Qualidade de Imagem


Imagens radiográficas baseadas em filme são avaliadas tendo como alicerce quatro fatores de qualidade, a saber: 

=> Densidade 
=> Contraste 
=> Resolução espacial 
=> Distorção 

Cada um desses apresenta parâmetros específicos pelos quais é controlado. 



Densidade 


O que é densidade radiográfica?


A densidade do filme radiográfico é definida como a quantidade de “negrume” na radiografia processada. Quando uma radiografia com densidade alta é visualizada, menos luz é transmitida pela imagem. 


Fatores que Controlam a Densidade Radiográfica


=> O principal fator controlador da densidade do filme é a mAs, que controla a densidade por meio da quantidade de raios X emitidos do tubo de raios X e a duração da exposição. A relação para nosso propósito pode ser definida como linear: duplicando a mAs, dobra-se a quantidade ou duração dos raios X emitidos, assim dobrando a densidade no filme.

=> A distância da fonte de raios X para o RI, ou a distância do receptor de fonte-imagem (DFR), também tem um efeito na densidade radiográfica, de acordo com a lei do inverso do quadrado. Se a DFR é duplicada, no RI, a intensidade do feixe de raios X é reduzida a um quarto, o que, então, reduz a densidade radiográfica para um quarto. Uma DFR padrão geralmente é usada para reduzir essa variável. 

=> Outros fatores que influenciam a densidade em uma imagem de filme incluem kV, espessura da parte, tempo de desenvolvimento químico/temperatura, razão da grade e velocidade da tela-filme. 

Ajustando a Densidade da Imagem Analógica 


Quando as imagens de filme (feitas com a configuração técnica manual) são superexpostas ou não têm exposição suficiente, uma regra geral estabelece que a alteração mínima na mA de 25% a 30% é requerida para que haja uma considerável diferença na densidade radiográfica na radiografia repetida. Algumas imagens incorretamente expostas podem precisar de uma mudança maior, frequentemente de 50% a 100%, ou às vezes até maior. 


A densidade adequada, como primeiramente controlada pela mAs, deve ser visível no filme processado se as estruturas radiografadas estão para serem precisamente representadas. Muito pouca densidade ou muita densidade (superexposição) não demonstram adequadamente essas estruturas. O uso correto do efeito anódico e dos filtros de compensação ajudam a demonstrar uma densidade otimizada no filme nas partes anatômicas que têm uma variação considerável de espessura.


Contraste Radiográfico


O que é Contraste Radiográfico


Contraste radiográfico é definido como a diferença de densidade entre as áreas adjacentes de uma imagem radiográfica. Quando a diferença de densidade é grande, o contraste é alto, e quando essa diferença é pequena o contraste é baixo. 

O contraste pode ser definido como de longa escala ou de curta escala, referindo-se ao alcance total das densidades ópticas, da parte da imagem mais clara à mais escura da imagem radiográfica.
O contraste permite o detalhamento anatômico numa imagem radiográfica a ser visualizada. 

Aperfeiçoar o contraste radiográfico é importante, e o entendimento do contraste é essencial para avaliar a qualidade da imagem. 


O fato de o contraste ser alto ou baixo não é de todo ruim. Por exemplo, baixo contraste (contraste de longa escala) é desejável em imagens radiográficas do tórax. Muitos tons de cinza são requeridos para a visualização das marcas finas do pulmão. A imagem de baixo contraste (contraste de longa escala) revela mais tons de cinza, como evidenciado pelas linhas tênues das vértebras, que são visíveis através do coração e das estruturas mediastinais. Os tons de cinza que demarcam as vértebras são menos visíveis através do coração e do mediastino na radiografia de alto contraste do tórax.


Fatores Controladores do Contraste Radiográfico


proteção radiológica


O principal fator controlador do contraste na radiografia baseada em filme é a quilovoltagem (kV), que controla a energia ou o poder penetrante do feixe de raios X primário. Quanto mais alta a kV, melhor é a energia, e mais uniformemente o feixe de raios X penetra as densidades das variadas massas de todos os tecidos. Desse modo, uma kV mais alta produz menos variação da atenuação (absorção diferencial), resultando em baixo contraste.


A kV é também um fator controlador secundário da densidade. Uma kV alta resulta num maior número e melhor energia de raios X, causando a chegada de mais energia de raios X ao chassi, com um crescimento correspondente na densidade total. 

Uma regra geral importantíssima estabelece que um aumento de 15% na kV aumenta a densidade do filme, o que é similar à duplicação da mA. No alcance baixo da kV, como de 50 a 70 kV, um aumento de 8 a 10 kV dobraria a densidade (o equivalente a dobrar a mA). Num alcance de 80 a 100 kV, um aumento de 12 a 15 kV é necessário para dobrar a densidade. 

A importância disso tem relação com a proteção contra a radiação porque, à medida que o kV aumenta, a mAs pode ser significantemente reduzida, resultando na absorção de uma menor dose de radiação pelo paciente. 


Outros fatores podem afetar o contraste radiográfico. A quantidade de radiação dispersa recebida pela tela-filme influencia o contraste radiográfico. Radiação dispersa é a radiação que teve direção e intensidade mudadas como resultado da interação com o tecido do paciente. A quantidade desses resíduos radioativos produzidos depende da intensidade do feixe de raios X, da quantidade de tecido irradiado e do tipo e espessura do tecido. A colimação precisa do campo de raios X também reduz a dose de radiação para o paciente e o tecnólogo. 

A seleção da quilovoltagem (kV) apropriada é a balança entre um ótimo contraste de imagem e a menor dose de radiação possível do paciente.

Uma regra geral estabelece que a mais alta kV e a mais baixa mA que produzem informação diagnóstica suficiente devem ser usadas em cada exame radiográfico.



Resolução espacial 


A resolução espacial é definida como a nitidez obtida das estruturas em uma imagem. A resolução de uma imagem radiográfica é demonstrada pela clareza ou nitidez das linhas estruturais e as bordas dos tecidos ou estruturas da imagem. A resolução também é conhecida como detalhe, detalhe gravado, nitidez da imagem ou definição. A resolução em imagens de tela-filme geralmente é mensurada e expressa como um par de linhas por milímetro (pl/mm), no qual um par de linhas é visto como uma linha única e um interespaço de largura igual. Quanto mais alta a medida do par de linhas, maior é a resolução. A falta de nitidez ou resolução é conhecida como embaçamento ou opacidade.

Fatores de Controle 


A radiografia ideal exibe uma imagem clara, como avaliado sob o prisma dos “Critérios de Avaliação” para cada posição neste texto. A resolução na tomografia de tela-filme é controlada por fatores geométricos, o sistema de tela-filme e o movimento.


Fatores Geométricos 


Fatores geométricos que controlam ou influenciam a resolução consistem em tamanho do ponto focal, DFR e distância objeto-receptor (DOR). O efeito da DOR é explicado e ilustrado na Figura abaixo:

ponto focal, DFR e distância objeto-receptor (DOR)


O uso de um ponto focal pequeno resulta em menos opacidade geométrica. Para ilustrar, utiliza-se um ponto como a fonte dos raios X no tubo de raios X. No entanto, a verdadeira fonte de raios X é uma área do ânodo, conhecida como ponto focal. Muitos tubos de raios X têm foco duplo, ou seja, dois pontos focais: um grande e um pequeno. O emprego do ponto focal pequeno resulta em menos opacidade da imagem, ou uma imagem com penumbra diminuída. A penumbra se refere aos cantos opacos dos objetos na imagem projetada. No entanto, mesmo com o ponto focal pequeno, ainda existe alguma quantidade de penumbra.


Sistema de Tela-Filme 


Com o sistema de tela-filme, a velocidade de tela-filme usada para um exame afeta os detalhes mostrados no filme resultante. Um sistema mais rápido permite um tempo menor de exposição, o que ajuda em prevenir a movimentação do paciente e reduzir a dose; porém, a imagem é menos nítida que com um sistema mais lento. 

Movimentação 


O grande empecilho com relação à nitidez da imagem quanto ao posicionamento é a movimentação. Dois tipos de movimentação influenciam no detalhe radiográfico: a voluntária e a involuntária. 

Movimentação voluntária é aquela que o paciente pode controlar. Movimentos de respiração ou das partes do corpo durante a exposição podem ser evitados, ou pelo menos minimizados, com respiração controlada e imobilização do paciente. Blocos de apoio, bolsas de areia ou qualquer outro dispositivo imobilizador podem ser usados para reduzir efetivamente a movimentação. Esses dispositivos têm um efeito melhor no exame dos membros superiores e inferiores, como demonstrado ao longo deste texto. 

A movimentação involuntária não pode ser controlada pela vontade do paciente. Assim, os movimentos involuntários, tais como a ação peristáltica dos órgãos abdominais, tremores ou calafrios, são mais difíceis, se não impossíveis, de serem controlados. 

Se a falta de nitidez pela movimentação for aparente na imagem, o técnico ou tecnólogo deve determinar se o embaçamento se deve à movimentação voluntária ou involuntária. Essa determinação é importante, pois esses dois tipos de movimentação podem ser controlados de vários modos. 


Diferença entre movimentação voluntária e involuntária 


Movimentação Voluntária


A movimentação voluntária é visualizada como a opacidade geral de estruturas ligadas, tal como o embaçamento do osso torácico e dos tecidos moles. A movimentação voluntária pode ser minimizada com o uso de alta miliamperagem (mAs) e períodos curtos de exposição. A cooperação do paciente também é outro fator que contribui para diminuir a movimentação voluntária. Podem ser úteis uma explicação completa do procedimento e instruções claras sobre a respiração.


Movimentação Involuntária


A movimentação involuntária é identificada ao se localizar pontos específicos de opacidade ou embaçamento. Esse tipo de movimentação é menos óbvio, mas pode ser visualizado em imagens abdominais, como a opacidade localizada nas beiradas do intestino, quando outras linhas do intestino aparecem nítidas (o gás no intestino aparece sob a forma de áreas escuras). 
Uma explicação clara do procedimento pelo tecnólogo pode ajudar a reduzir a movimentação voluntária; no entanto, uma diminuição no tempo de exposição associada ao aumento da mA é o melhor, e às vezes o único, jeito de minimizar a opacidade causada pela movimentação involuntária.


Distorção 


O quarto e último fator da qualidade da imagem é a distorção, que é definida pela representação errônea do tamanho ou forma do objeto quando projetado na mídia de gravação radiográfica. Dois tipos de distorção podem ser identificados: distorção de tamanho (ampliação) e distorção da forma. Nenhuma imagem radiográfica reproduz o tamanho exato da parte do corpo que é radiografada. Isso se torna impossível de se realizar, pois o grau de ampliação ou distorção, ou ambos, existem como resultado da DOR e da divergência do feixe de raios X. Mesmo assim, a distorção pode ser minimizada e controlada se alguns princípios básicos forem seguidos. 


Divergência do Feixe de Raios X 



Essa divergência é um conceito básico, porém importante, no estudo do posicionamento radiográfico. Ocorre porque os raios X são originados de uma pequena fonte no tubo de raios X (o ponto focal) e divergem na travessia até o chassi. O tamanho do campo do feixe de raios X é limitado por um colimador, que consiste em atenuadores de chumbo ajustáveis ou obturadores. O colimador e os obturadores absorvem os raios X periféricos, controlando o tamanho do feixe de luz.


O ponto central do feixe de raios X, que é chamado de raio central (RC), teoricamente não diverge; a menor quantidade de distorção é vista no ponto correspondente a ele na imagem. Todos os outros lados dos raios X atingem o RI em algum ângulo, com o ângulo de divergência aumentando nas porções mais externas do feixe de raios X. O potencial de distorção nessas margens é aumentado.



Fatores de controle 


A seguir estão quatro fatores de controle principais da distorção: 
1. Distância do receptor de fonte-imagem (DFR)
2. Distância do receptor de objeto-imagem (DOR) 
3. Alinhamento do receptor objeto-imagem 
4. Alinhamento/centralização do raio central 

1 DFR 


O primeiro fator de controle da distorção é a DFR. O efeito da DFR na distorção de tamanho (ampliação) é demonstrado na Figura abaixo.

Distância do receptor de fonte-imagem ( efeito DFR)


Repare que ocorre menos ampliação na maior DFR que na menor DFR. É por esse motivo que radiografias do tórax são obtidas preferencialmente com uma DFR mínima de 183 centímetros que uma de 102 a 122 centímetros, o que é comumente usado para muitos outros exames. Uma DFR de 183 centímetros resulta numa ampliação menor do coração e de outras estruturas dentro do tórax.


2 DOR 


O segundo fator de controle da distorção é a DOR.

O efeito da DOR na ampliação ou distorção de tamanho. Quanto mais perto o objeto radiografado estiver do RI, menor serão a ampliação e a distorção da imagem e melhor será a resolução.



3 Alinhamento do receptor objeto-imagem 


Um terceiro importante fator de controle da distorção é o alinhamento do objeto no RI, que se refere ao alinhamento ou aplainamento do objeto a ser radiografado em relação ao plano do RI. Se o plano do objeto não estiver paralelo ao plano do RI, ocorre a distorção. Quanto maior o ângulo de inclinação do objeto ou o RI, maior será a distorção. Por exemplo, se um dedo a ser radiografado não estiver paralelo ao RI, os espaços da junta interfalangiana não aparecerão abertos em decorrência da sobreposição dos ossos, como demonstrado na Figura abaixo.



4 Alinhamento do raio central 


O quarto e último fator de controle da distorção é o alinhamento (centralização) do raio central, um princípio importante em relação ao posicionamento. Como estabelecido previamente, apenas o centro do feixe de raios X, o RC, não diverge, pois projeta a parte do objeto em 90°, ou perpendicularmente ao plano do chassi. Portanto, a menor distorção possível ocorre no RC. A distorção é maior à medida que o ângulo de divergência aumenta do centro do feixe de raios X para as bordas externas. Por esse motivo, o alinhamento e posicionamento correto do RC são importantes para minimizar a distorção da imagem.


Fonte:
Bontrager 8º Edição



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